23 de nov. de 2012

Andando em círculos – Parte 3


             Você já vem acompanhando a trilogia de textos do tema “Andando em círculos” há algumas semanas e espero ter contribuído de alguma forma para o seu desenvolvimento e criação de perspectivas de futuro. Agradeço desde já a sua companhia.

            Neste terceiro e último texto da série, quero ser mais prática e contar um pouco do que já aprendi ou estou aprendendo sobre sair dos círculos em que nos vemos envolvidos – sim, esse não é um privilégio seu, também o compartilho.

            Volto a dizer, porém, que o problema não é o problema em si, mas o que se faz com ele. Por isso quero compartilhar aprendizados tanto de experiências minhas, quanto de clientes que tenho acompanhado há algum tempo. 

*Se desejar, acesse os links de referências que acrescentei de alguns textos que, vejam só!, já ensinavam tudo isso bem antes de nossa geração nascer.

           Vamos lá:

           A primeira coisa que percebi ser essencial para mudar qualquer cenário, é conhece-lo, é tomar consciência da realidade. Uma vez que você conhece algo, você tem escolha, isto é, consciência gera escolha.

          Pare, desligue o automático e se perceba. Perceba como está sua vida, sua família, sua carreira, sua espiritualidade, sua saúde, o mundo ao seu redor. Que significados você tem atribuído às pessoas e às coisas? Qual o seu cenário atual?

          Segundo: Extraia aprendizados do que existe de bom e deu certo até aqui. Valorize sua competência – afinal você está vivo!
          
          Terceiro: Identifique o que não está dando certo. Isso exige humildade e tempo, além da auto responsabilidade e coragem de que já falamos nos artigos anteriores. Responda: Por que não posso continuar nesse círculo? O que eu quero para o próximo mês? Para o próximo ano? Próximos 5 anos?

14 de nov. de 2012

Andando em círculos – Parte 2


No artigo passado escrevi sobre os efeitos da inércia e falta de foco e a necessidade de olhar e valorizar as coisas que trazem resultados consistentes.

Desta vez vou falar sobre o que dificulta entrar em Ação e como começar já!

Quando falamos em ação, já pensamos no trabalho que vai dar, no que será necessário abrir mão, isto é, nas privações envolvidas e no risco de não dar certo.

Parte disso tem origem simplesmente na condição humana: a necessidade de proteger-se de perigos iminentes e reais, como questões de sobrevivência. 
Outra parte, tem a ver com o medo de fracassar e de não ser aceito. Note que a segunda tem origem na primeira, mas são diferentes.

Quando falamos em ‘vida de significados’, o maior risco que corremos é não fazer nada, ou fazer sempre as mesmas coisas. A sobrevivência está mais ameaçada pela inação do que pela ação.

É importante esclarecer que o medo em si não é ruim – na verdade ele nos faz refletir e calcular problemas potenciais (e não necessariamente reais). O problema está no que se faz com o medo. Como diz o filósofo americano, Ambrose Redmoon: “A coragem não é a ausência de medo, mas a noção de que há outra coisa mais importante que o medo”.

Sua vida e suas realizações são mais importantes que o medo!

É como ganhar de presente um livro raro e caro – mas que prefere não ler para não correr o risco de amassá-lo ou sujá-lo. A verdade é que esse livro só terá significado e cumprirá a missão a que foi destinado se for aberto, lido e compartilhado – apesar dos riscos. E para que isso seja um Fato é preciso assumir a responsabilidade pelo manuseio de suas páginas e pelo impacto que o conteúdo causará em você enquanto leitor e propagador de suas ideias. Esse livro é você.

Quando colocamos um rótulo nas situações, como por exemplo “não faço isso porque não tenho tempo” ou “não tenho recursos”, estamos atribuindo a responsabilidade de nossa existência ao externo, como o tempo ou os recursos. 
E se a responsabilidade está fora de você, não há o que ser feito.

1 de nov. de 2012

Andando em círculos - Parte 1



Que atire a primeira pedra quem nunca andou em círculos, sentindo-se sem forças para sair. Quando isso acontece, a vida parece estagnada e não entendemos porque as coisas não mudam.

Convido você a refletir e comentar sobre esse assunto, que dividirei em um texto de 3 partes.

Na primeira, que segue abaixo, falarei sobre a zona de conforto, que nos seduz para a inação. Na segunda parte, que publicarei nos próximos dias, falarei sobre medo e responsabilidade diante do cenário em questão. E por fim, na terceira parte, darei algumas dicas de como manter-se fora desses círculos.

É difícil sair de uma zona de conforto aconchegante, que faz até ‘carinho’ para te segurar... O prazer de ceder e deixar-se levar pelo tempo faz parecer que você o está decidindo.

No entanto, quando paramos para avaliar, os ganhos dessa situação não são muito animadores. Se fizer uma lista com tudo o que conquistou ou evolui dentro desta zona de conforto nos últimos meses, provavelmente não escreverá 2 ou 3 itens convincentes e duradouros. Isso porque a “inércia” seduz pelas pequenas satisfações momentâneas, que atendem instintos de conforto e acaso.

Mas somos seres humanos! Ao contrário dos animais que vivem apenas pelos instintos, temos um desejo de utilizarmos nossa inteligência para construir uma existência de significados.